Síndrome de Asperger: Entendendo o Autismo Nível 1 de Suporte

Em uma era de crescente conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), muitas pessoas se perguntam: “Asperger é autismo?” A resposta é sim!

Neste artigo, vamos explorar a conexão entre a Síndrome de Asperger e o TEA, a evolução dos diagnósticos e a importância de reconhecer os sinais e buscar apoio adequado.

A Transformação do Asperger em Autismo Nível 1 de Suporte

Antigamente, a Síndrome de Asperger era considerada um distúrbio neuropsicológico separado, mas intimamente relacionado ao autismo. Era muitas vezes descrito como uma forma “leve” de autismo, com características sutis que raramente envolviam deficiência intelectual ou atrasos na fala.

Com o tempo, nossa compreensão do TEA se expandiu, reconhecendo-o como um espectro amplo de condições com muitas variações. Esta mudança levou à unificação dos diagnósticos de autismo e Asperger. O resultado foi a classificação do que antes era conhecido como Asperger como “autismo nível 1 de suporte”.

Essa mudança foi catalisada pelas últimas atualizações dos principais manuais de diagnóstico médico:

  • o DSM-5 (5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), lançado em 2013
  • e o CID-11 (11ª edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), adotado em 2022.

Por que Unificar o Asperger e o Autismo?

A unificação dos diagnósticos de Asperger e autismo é resultado do entendimento de que o autismo é um espectro com uma ampla gama de características e intensidades. Mesmo dentro do nível 1 de suporte, as pessoas podem ter diferentes graus de dificuldade em se expressar, entender nuances sociais ou discutir assuntos fora de seus interesses específicos, também conhecidos como hiperfocos.

Especialistas e organizações de saúde optaram por essa unificação para abordar a variabilidade dentro do espectro autista. Agora, os indivíduos que antes seriam diagnosticados com Asperger são considerados autistas nível 1 de suporte.

Embora esses indivíduos possam precisar de menos suporte e tenham maior probabilidade de alcançar a independência, isso não significa que eles não necessitam de qualquer auxílio.

Por que é Importante Reconhecer os Sinais?

A negligência dos sintomas leves de autismo pode ser prejudicial, pois pode levar ao acúmulo de dificuldades. Por exemplo, um indivíduo autista do nível 2 de suporte pode “progredir” para o nível 1 com terapia adequada. Da mesma forma, um indivíduo do nível 1, quando não acompanhado adequadamente, pode acumular sinais sutis que se tornarão muito mais desafiadores de tratar na vida adulta.

Portanto, é crucial estar atento aos sinais. Os autistas do nível 1 de suporte podem apresentar indícios do TEA em uma idade mais avançada e de uma maneira que pode passar despercebida. Por isso, se esses sinais forem notados, é essencial agir o mais rápido possível para buscar ajuda especializada e capacitação.

Conclusão

A compreensão de que a Síndrome de Asperger é, de fato, um nível de suporte do espectro autista é um avanço significativo em nossa percepção do TEA. Ao unificar os diagnósticos, somos capazes de reconhecer a diversidade dentro do espectro autista e garantir que todos aqueles que vivem com TEA – seja nível 1, 2 ou 3 de suporte – recebam o apoio de que necessitam para viver uma vida plena e produtiva.

Esteja sempre atento aos sinais e procure ajuda especializada se necessário. É importante lembrar que cada pessoa é única e, portanto, a maneira como o autismo se manifesta pode variar bastante. A conscientização, a compreensão e o apoio adequado são cruciais para assegurar a qualidade de vida dos indivíduos autistas e seus entes queridos.

Em última análise, a Síndrome de Asperger, agora conhecida como autismo nível 1 de suporte, ainda requer atenção e compreensão. Afinal, mesmo que as necessidades de apoio sejam menores, elas ainda estão presentes e requerem um manejo cuidadoso para garantir o bem-estar e a independência do indivíduo.